sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

PROCLAMAÇÃO INTEGRAL

“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas,
pregando o evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças
e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria;
trouxeram-lhe, então, todos os doentes,
acometidos de várias enfermidades e tormentos:
endemoninhados, lunáticos e paralíticos.
E Ele os curou.”
(Evangelho de Mateus 4:23-24)
  • Jesus exerceu seu ministério na unção do Espírito Santo e com autoridade baseada na coerência da sua pregação e do seu ensino, pois seu ministério sendo integral e integrado aliava proclamação à ação, preocupando-se sempre em ministrar ao espírito (“endemoninhados”), à mente (“lunáticos”) e ao corpo dos homens (“paralíticos”).
  • O Mestre Jesus não despedia a multidão faminta, mas, por duas vezes, vendo sua necessidade, multiplicou o alimento material, os pães e os peixes.
    Jesus amava as crianças e se alegrava na convivência social das pessoas, como nas Bodas, quando transformou a água em vinho.
  • Ele condenava o pecado, amando o pecador, vencia as barreiras dos preconceitos, alimentando-se acercando a mesa com ricos e pobres, convivendo com colaboracionistas e nacionalistas. Procurando recuperar cada homem. Ministrava a adúlteros e a samaritanos, procurando integrar o homem como um todo, independente das circunstâncias em que vive, com suas carências e limitações. Jesus, um homem de seu tempo, que entendia, amava, e cuidava de seu povo.
  • Não foi Jesus o “meigo nazareno” ou o “pálido galileu”, mas um homem másculo, corajoso e destemido, diferente da imagem deturpada de poetas e pintores.
  • Ele foi duro com a elite religiosa e nacionalista dos fariseus. Àqueles legalistas, muito religiosos, julgadores do próximo, Ele os chamou de “hipócritas”, “cegos”, “serpentes”, “raça de víbora”, e o disse em discursos públicos (Mateus 23).
  • É o Jesus que expulsa os cambistas do templo e derruba suas mesas. Não bajulou os políticos, mas foi incisivo com o rei: “Naquela mesma hora alguns fariseus vieram para dizer-lhe: Retira-te e vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te. Ele porém lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que hoje e amanhã expulso demônios e curo enfermos, e no terceiro dia terminarei” (Marcos 13.31-32).
  • Mais uma vez vemos o Mestre dar solução espiritual (“expulso demônios”), solução material (“curo enfermos”) e solução eterna (“no terceiro dia terminarei” – referindo-se, profeticamente, à conclusão do seu ministério terreno e sua missão principal: morte expiatória seguida de sua ressurreição no terceiro dia).
  • Mesmo no término de seu ministério terreno, quando em Betânia Jesus é ungido por Maria, com um caríssimo bálsamo de nardo puro, prefigurando a unção de seu cadáver a ser embalsamado, Ele demonstra preocupação com as necessidades materiais presentes ao responder ao protesto de Judas: “Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres? ...porque os pobres sempre tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes” (João 12.1-8).
  • Esta expressão de Jesus tem sido muito usada, porém erroneamente, pelos politicamente conservadores e conformados, pois o que o Mestre está citando é a palavra do Antigo Testamento que diz: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra: por isso eu te ordeno: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na terra” (Deuteronômio 15.11).
  • Logo, o texto não é uma justificativa de uma ordem social injusta, um fatalismo diante da pobreza, mas uma constatação da existência da pobreza (a partir da realidade do pecado) e uma ordem para a caridade e a solidariedade. Porque os pobres existem é que somos instados a ajudá-los. Porque as necessidades materiais existem é que somos enviados a dar-lhes solução. É mandamento do Senhor, e em que também há promessa: “O que se compadece do pobre empresta a Deus, que retribuirá o seu benefício” (Provérbios 17.19).
  • Sigamos o Exemplo do Mestre!


    Pr. Josué Batista
    prjosuebatista@gmail.com

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